O que lemos por aqui vale alguma coisa?

O crescimento da banda larga possibilitou um acesso maior a Internet e assim, mais serviços puderam ser oferecidos pela rede. Hoje, é possível ouvir jornais das principais rádios, assistir aos principais telejornais e ler os jornais impressos na rede. Ainda assim, surgiu um mercado novo: um jornalismo feito diretamente para a rede mundial de computadores. Apesar da experimentação que esse novo nicho oferece (flogs, blogs, jornais on-line), a maioria das notícias tem um padrão: os textos escritos, acompanhados por vezes de uma foto.
As grandes empresas têm equipes jornalísticas e usam as mesmas estratégias típicas do impresso ou da TV. A abertura da página (a home) possui as chamadas: as notícias mais importantes. Conforme apertamos a barra de rolagem, a página "desce" com as notícias de menor impacto.
Só que na net, perde-se a linha que existe entre o que é uma tentativa de juízo de realidade e o que é simplesmente um juízo de valor.
Vemos em sítios: notícias, colunas, artigos, todos misturados na mesma página, sem observações como: "essa coluna expressa a opinião do autor e não da empresa que mantém esse domínio". Logo, lêem-se as opiniões dos jornalistas, porém escritas de uma forma "jornalística", ou seja, segundo os moldes nos quais estamos acostumados.
Vê-se também pipocar sites de opiniões, como os blogs, que começaram como uma febre adolescente, pois seu uso primeiro foi como diários virtuais e agora é possível encontrar blogs políticos, científicos, de críticas e até mesmo de notícias.
Até onde essas matérias veiculadas são confiáveis? Até onde sabemos, qualquer pessoa com acesso a Internet pode ter um blog e, conseqüentemente, publicar notícias. São essas notícias de fato o que ocorreu, ou há algo de pessoal, de próprio nele? Diria-se que nenhum jornal, independentemente do meio de propagação está livre da subjetividade, ou seja, que sempre há algo de pessoal.
Mas quem é o público-alvo da Internet? Quando um jornal impresso fala bem ou mal do governo ou de um órgão, isso já é esperado por um leitor assíduo do jornal, pois essas opiniões e tomadas de partido que o jornal tem, faz parte de um contrato de leitura existente entre o jornal e o leitor. Esse contrato (tácito) é, na verdade, uma forma de garantir ao leitor que seu universo simbólico esteja ali representado naquelas páginas e ele irá se reconhecer ali. Já na Internet, o conteúdo está acessível a quem está fazendo uma pesquisa em um buscador qualquer (Google ou Altavista). Como esse leitor irá diferençar o que é fato do que é pessoal do escritor. Saberá o que lhe espera se nenhum contrato foi firmado anteriormente?
Ao que parece, aquilo que não tem uma marca conhecida, em boa parte, prima pela ordem do pessoal e aquilo que já faz parte de uma grife, por exemplo, Folha de São Paulo ou O Globo segue exatamente o mesmo contrato previamente estabelecido pelo seu produto impresso, radiofônico ou televisivo.
Assim, vemos que a possibilidade de uma nova esfera no campo midiático traz mais espaços para a declaração de idéias, seja porque o espaço na rede é ilimitado, (porque qualquer leigo em informática pode montar um site) seja porque a relação "custo da informação e distância na qual ela pode chegar" é muito baixa.
Seria "demagogia" dizer que atualmente o poder simbólico dos meios de comunicação de massa está mais difundido? Que hoje todos têm meios de dizer o que pensam como os jornais de grande circulação, por exemplo? A resposta é não. Os sites pessoais têm um público restrito a amigos e conhecidos. O poder de dar visibilidade continua nas empresas já tradicionais do ramo jornalístico, até mesmo porque é quem tem dinheiro para bancar a publicidade dos sites...
As grandes empresas têm equipes jornalísticas e usam as mesmas estratégias típicas do impresso ou da TV. A abertura da página (a home) possui as chamadas: as notícias mais importantes. Conforme apertamos a barra de rolagem, a página "desce" com as notícias de menor impacto.
Só que na net, perde-se a linha que existe entre o que é uma tentativa de juízo de realidade e o que é simplesmente um juízo de valor.
Vemos em sítios: notícias, colunas, artigos, todos misturados na mesma página, sem observações como: "essa coluna expressa a opinião do autor e não da empresa que mantém esse domínio". Logo, lêem-se as opiniões dos jornalistas, porém escritas de uma forma "jornalística", ou seja, segundo os moldes nos quais estamos acostumados.
Vê-se também pipocar sites de opiniões, como os blogs, que começaram como uma febre adolescente, pois seu uso primeiro foi como diários virtuais e agora é possível encontrar blogs políticos, científicos, de críticas e até mesmo de notícias.
Até onde essas matérias veiculadas são confiáveis? Até onde sabemos, qualquer pessoa com acesso a Internet pode ter um blog e, conseqüentemente, publicar notícias. São essas notícias de fato o que ocorreu, ou há algo de pessoal, de próprio nele? Diria-se que nenhum jornal, independentemente do meio de propagação está livre da subjetividade, ou seja, que sempre há algo de pessoal.
Mas quem é o público-alvo da Internet? Quando um jornal impresso fala bem ou mal do governo ou de um órgão, isso já é esperado por um leitor assíduo do jornal, pois essas opiniões e tomadas de partido que o jornal tem, faz parte de um contrato de leitura existente entre o jornal e o leitor. Esse contrato (tácito) é, na verdade, uma forma de garantir ao leitor que seu universo simbólico esteja ali representado naquelas páginas e ele irá se reconhecer ali. Já na Internet, o conteúdo está acessível a quem está fazendo uma pesquisa em um buscador qualquer (Google ou Altavista). Como esse leitor irá diferençar o que é fato do que é pessoal do escritor. Saberá o que lhe espera se nenhum contrato foi firmado anteriormente?
Ao que parece, aquilo que não tem uma marca conhecida, em boa parte, prima pela ordem do pessoal e aquilo que já faz parte de uma grife, por exemplo, Folha de São Paulo ou O Globo segue exatamente o mesmo contrato previamente estabelecido pelo seu produto impresso, radiofônico ou televisivo.
Assim, vemos que a possibilidade de uma nova esfera no campo midiático traz mais espaços para a declaração de idéias, seja porque o espaço na rede é ilimitado, (porque qualquer leigo em informática pode montar um site) seja porque a relação "custo da informação e distância na qual ela pode chegar" é muito baixa.
Seria "demagogia" dizer que atualmente o poder simbólico dos meios de comunicação de massa está mais difundido? Que hoje todos têm meios de dizer o que pensam como os jornais de grande circulação, por exemplo? A resposta é não. Os sites pessoais têm um público restrito a amigos e conhecidos. O poder de dar visibilidade continua nas empresas já tradicionais do ramo jornalístico, até mesmo porque é quem tem dinheiro para bancar a publicidade dos sites...
É isso,
Frau Carolzinha...